Guilherme Paiva é músico, filósofo e sociólogo. Nasceu em Brasília (DF), morou em Parnaíba (PI), Teresina (PI), Rio de Janeiro (RJ), Lisboa (Portugal) e atualmente reside em Mossoró (RN). Na música, sofreu influências de bandas e artistas como Raul Seixas, Belchior, Arnaldo Antunes, Cássia Eller, Chico Science & Nação Zumbi, Luís Gonzaga, Alceu Valença, Zé Ramalho, Tim Maia, Gilberto Gil, Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Bob Marley, Pink Floyd, Andrew Tosh e dos Beatles. Quando residiu no Piauí, participou da banda Rabiscos, liderada pelo músico e compositor piauiense Teófilo Lima. A banda Rabiscos fez vários shows em Parnaíba (PI) e se apresentou com Belchior.
No ano 2000, em Brasília, Guilherme Paiva formou, com o gaitista Chapinha, a banda HPAP, uma referência ao antigo Hospital Pronto Atendimento Psiquiátrico de Taguatinga (DF). As letras abordavam o tema da loucura e da reforma psiquiátrica, inspirada em Michel Foucault. Com a música Nau dos loucos e outras que se referiam ao tema, o grupo HPAP fez algumas apresentações em Brasília (DF), dando lugar a outro projeto. Aí surgia a banda Cumade Selvira & Os Cantiga de Grilo.
Propondo a fusão entre blues, rock e baião, além de misturar xote com reggae, Cumade Selvira & Os Cantiga de Grilo participou da efervescência da música brasiliense no início do século XXI. Em Brasília, o grupo fez shows em casas noturnas consagradas na cidade, como o Gate’s Pub e o Music Hall, além de apresentações em festas como a Fantasy. Entre 2000 e 2002, a banda tocou em Teresina (PI), Parnaíba (PI), Alto Paraíso (GO), Goiânia (GO), Jericoacoara (CE) e Fortaleza (CE).
Em 2001, Cumade Selvira & Os Cantiga de Grilo gravou o primeiro e único CD, intitulado Caravanas de Pensamentos, com patrocínio da Secretaria de Cultura do Distrito Federal. No mesmo ano, a música Nau dos loucos foi vencedora do III Festival de Música Candanga de Brasília, realizado pela Universidade de Brasília (UnB). A banda Móveis Coloniais de Acaju ficou em segundo lugar no mesmo festival.
Produzido por Guilherme Bonolo, o Guiminha, que trabalhou como técnico da banda Raimundos, o CD Caravanas de Pensamentos foi gravado em Brasília, tendo contado com o apoio da Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal, por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). A capa do CD é assinada pelo artista e cordelista José Francisco Borges, mais conhecido como J Borjes, especialmente para a banda.
Em 2003, o grupo Cumade Selvira & Os Cantiga de Grilo participou do evento Reggae sua alma, dividindo o palco com Gilberto Gil e Andrew Tosh. Além de se apresentar em várias casas noturnas de Brasília, a banda participou de eventos como o I Encontro de Culturas em São Jorge (GO), na Chapada dos Veadeiros, com músicos consagrados como Hermeto Pascoal, além de eventos como o Fala da Palavra, que contou com a participação de Arnaldo Antunes.
Quando Guilherme Paiva se mudou para Mossoró, em 2007, a banda brasiliense Cumade Selvira & Os Cantiga de Grilo se desfez. Além de músico, Guilherme Paiva é sociólogo e também professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), onde desenvolve pesquisas sobre filosofia, sociologia e diversidade cultural na educação. Em 2010, na cidade de Mossoró, Guilherme Paiva se apresentou no Festival de Teatro da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (FESTUERN). Em 2012, criou o grupo Zéletrônico para acompanhá-lo em shows ligados à extensão universitária. O grupo fez apresentações na casa de show Porto Salgado Lado 2, em Parnaíba – PI, no FESTUERN e no Intervalo Cultural em Mossoró, além do show na pousada Kitemansion, em Icapuí (CE). No mesmo ano, Guilherme Paiva fez uma participação especial no show de Fábio Crazy (vocalista da banda piauiense Narguilé Hidromecânico), na casa noturna Canteiro de Obras, em Teresina.
Entre 2015 e 2016, Guilherme Paiva se apresentou no Torquália, no Boteco do Porto e no Aventur, em Parnaíba (PI), tendo a participação de Teófilo Lima, Danilo Carvalho e Marcos Fonteles (vocalista do grupo Carta de Nicolau). Nesse período, desenvolveu uma pesquisa sobre identidade, cultura e música em Brasília, publicada na Revista de Ciências Sociais da Unisinos. Retornando para a capital, em 2015, estudou cavaquinho e violão na Escola de Choro Raphael Rabello. No Distrito Federal, se apresentou no Teatro do Supremo Tribunal Militar (STM), em Brasília, e no Hospital São Vicente, na cidade satélite de Taguatinga.
Após algum tempo se dedicando a escrever livros sobre educação e filosofia, o músico voltou a fazer shows em 2017 e 2018, nas cidades de Tibau (RN), Mossoró (RN), Brasília (DF) e Parnaíba (PI). Em Mossoró, Guilherme Paiva é acompanhado pela banda Batuque Roots. Em setembro de 2018, o grupo se apresentou no RustCafé do Memorial da Resistência, no lançamento do livro Discurso e Poder em Foucault, escrito pelo filósofo e músico brasiliense.
Em 2018, iniciou dois projetos musicais, o Baú da Cumade, com músicas inéditas da banda Cumade Selvira & Os Cantiga de Grilo de Brasília, e um EP com composições autorais instrumentais. As gravações estão sendo realizadas no estúdio Nonada, em Brasília, pelo músico Léo Cólera, com a participação de Chapinha e integrantes da banda Arcablues.
Músicas disponíveis no Palco MP3 em Cumade Selvira e Guilherme Paiva. O cantor e compositor piauiense Teófilo Lima produziu o clipe da música Pra lá de Nova Iorque, gravada por Danilo Carvalho.